Adversário da Seleção, Paraguai tem legião “brasileira” e goleiro que nasceu em Mato Grosso do Sul

“Albirroja” possui mais jogadores que pertencem a clubes do Brasil do que time de Dorival

Carlos Coronel ao lado do zagueiro Balbuena, que tem passagens pelo Brasil — Foto: Eurasia Sport Images/Getty Images

O torcedor brasileiro certamente identificará uma série de jogadores do Paraguai na partida contra a Seleção, nesta sexta-feira, pela segunda rodada da Copa América. A “Albirroja” conta com uma verdadeira legião de atletas que atuam ou atuaram no futebol daqui.

A lista de convocados de Daniel Garnero para a Copa América tem até mais jogadores que pertencem a clubes brasileiros do que a de Dorival Júnior: 5 contra 4.

São eles: Gustavo Gómez (Palmeiras), Mathías Villasanti (Grêmio), Damián Bobadilla (São Paulo), Ángel Romero (Corinthians) e Fabrizio Peralta, anunciado pelo Cruzeiro na última quinta.

Já o Brasil tem os goleiros Rafael (São Paulo) e Bento (Athletico-PR), o lateral Guilherme Arana (Atlético-MG) e o atacante Endrick (que está prestes a trocar o Palmeiras pelo Real Madrid).

Além disso, o Paraguai conta com diversos atletas que já passaram pelo Brasil, como Balbuena e Matías Rojas, ex-Corinthians, Júnior Alonso, ex-Atlético-MG, e Derlis González, ex-Santos.

A conexão não para por aí. O Paraguai conta até mesmo com um jogador nascido no Brasil. Trata-se do goleiro Carlos Coronel, natural de Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, na fronteira entre os países.

ogador do New York Red Bulls, Carlos Coronel foi titular em todas as rodadas das Eliminatórias e também nos amistosos antes da Copa América, mas começou o torneio na reserva e deve ficar no banco nesta sexta novamente.

– Eu sempre tive raízes paraguaias. A minha mãe é paraguaia, só que eu nunca procurei a seleção. Eu venho agora, há quatro, cinco anos jogando de fato, tendo minutos. Então, no ano passado eu conversei com o meu tio, que é paraguaio e que vive no Paraguai. Ele tem um amigo na Federação e entrou em contato. Depois, eles entraram em contacto comigo e começamos a fazer o processo (de naturalização) – contou o jogador de 27 anos, ao “Flashscore”.

Coronel começou a jogar em sua cidade natal, passou pelo Paraná e foi dispensado pelo São Paulo. A carreira começou a engatar na base do Red Bull Brasil, que depois o encaminhou para a franquia da marca em Salzburg, na Áustria. Depois ele passou por Liefering, da Áustria, e Philadelphia Union, dos Estados Unidos, antes de chegar ao time de Nova York.

A primeira convocação para o Paraguai veio em 2023.

– Foi uma decisão minha, um pouco mais do coração também, porque, querendo ou não, nasci no Brasil, mas eu sou da fronteira, a minha família também, tenho raízes paraguaias. No fim, foi uma grande conquista profissional e pessoal poder defender a seleção paraguaia. Sabia que seria difícil também defender o Brasil – contou o goleiro.

O Brasil, por sua vez, tem um jogador com ascendência paraguaia: o atacante Pepê, cuja mãe nasceu no país vizinho e chegou a receber – e recusar – convite para jogar na seleção “albirroja”.

O duelo entre Brasil e Paraguai acontece no Allegiant Stadium, em Las Vegas, às 22h (de Brasília) desta sexta-feira.

FONTE: GE

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O torcedor brasileiro certamente

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