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CASAL QUE JÁ VISITOU 195 ESTÁDIOS PELO MUNDO TESTA ACESSIBILIDADE DA ARENA BATISTÃO

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Conhecidos no meio digital como “Caçadores de Estádios”, Cláudio e Karla acompanharam a vitória do Confiança sobre o São Bernardo pela Série C

A acessibilidade do principal estádio de futebol de Sergipe, a Arena Batistão, foi testada no último domingo pelo advogado Cláudio Bazoli, cadeirante de 47 anos, e pela esposa Karla Bazoli. O casal, que mora no Rio de Janeiro, é conhecido no meio digital como “Caçadores de Estádios”.

Caçadores de Estádios visitam a Arena Batistão — Foto: Arquivo pessoal

Caçadores de Estádios visitam a Arena Batistão — Foto: Arquivo pessoal

Juntos eles já conheceram 195 estádios ao redor do mundo, e percorreram 20 estados do Brasil. No último domingo, eles estiveram presentes no jogo entre Confiança e São Bernardo, pela 18ª rodada da Série C do Campeonato Brasileiro. Ao ge, Cláudio contou sobre a experiência na principal praça esportiva do estado.

– Decidimos vir para Aracaju, pois sabíamos que seria a última oportunidade de assistir ao Confiança jogar em casa pela série C, e também porque havia a possibilidade de, em caso de vitória, que de fato ocorreu, garantir a sua permanência na divisão – disse.

Cláudio Bazoli e Karla Bazoli acompanhando a partida entre Confiança e São Bernardo — Foto: Arquivo pessoal

Cláudio Bazoli e Karla Bazoli acompanhando a partida entre Confiança e São Bernardo — Foto: Arquivo pessoal

– Foi uma experiência bastante satisfatória. Logo na entrada, na bilheteria, pudemos constatar que o cadeirante e seu acompanhante, mediante a apresentação do CID , conseguem retirar as gratuidades. Ao entrar no estádio, notamos a presença de muitas rampas de acessibilidade. E isso facilita não somente a mobilidade do cadeirante, mas também de idosos, obesos, grávidas… E no setor “cadeiras brancas” é onde há o espaço acessível, que além da boa visibilidade, também conta com bancos para acompanhantes – afirmou.

Cláudio contou ainda que não enfrentou qualquer dificuldade para chegar ao estádio, ou se locomover nos arredores, mas ainda assim, fez algumas ponderações.

— Foi bem tranquilo chegar para quem vem de carro em carros de aplicativos/ táxi. O desembarque foi permitido pela polícia, bem em frente ao portão da entrada — explicou.

Caçadores de Estádios testam a acessibilidade do Batistão — Foto: Arquivo pessoal

Caçadores de Estádios testam a acessibilidade do Batistão — Foto: Arquivo pessoal

— No setor azul, embora haja também presença de rampas, não é o local correto para o cadeirante assistir ao jogo, pois não há marcação de espaços de acessibilidade. Você sergipano que quiser assistir ao seu time de coração de maneira confortável e respeitosa, vá ao setor cadeiras brancas, que a experiência será superpositiva. De negativo, apenas o fato de não ter uma cobertura, isso em caso de chuva ou exposição ao sol, pode acabar fazendo com que a experiência seja desagradável — completou.

O casal conta que, de maneira geral, a experiência foi bastante positiva na Arena Batistão e ressaltou a importância da inclusão de pessoas com deficiência nos estádios de futebol.

— O Batistão não deixou nada a desejar aos estádios mais modernos. Rampas de acessibilidade, fácil acesso a lanches, bancos de acompanhantes. Voltaríamos com certeza — destacou.

E, aproveitamos a oportunidade para estender este convite aos cidadãos sergipanos que têm algum parente , amigo, vizinho que seja cadeirante: leve- o ao estádio. O futebol é inclusivo, a prática de esportes também .

— Teve um fato bem curioso no estádio também. Conhecemos duas pessoas. Diego e seu pai, senhor Clóvis, que é cadeirante. O Sr. Clóvis foi a esse jogo após 30 anos e assistimos ao jogo lado a lado. Ambos também gostaram muito da experiência no estádio — finalizou.

Cláudio Bazoli ao lado do Sr. Clóvis e do filho — Foto: Arquivo pessoal

Fonte: GE/SE

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